Planalto suspeita de falhas na pesquisa Datafolha
Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania
A recém-divulgada pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial foi recebida com espanto e até com indignação pela área de Comunicação do governo Dilma Rousseff. Essa é a avaliação da citada pesquisa que esse setor governamental fez ao Blog em conversa telefônica nesta sexta-feira (18).
Em primeiro lugar, o governo tem pesquisa privada concluída na quinta-feira (17) pelo instituto Vox Populi – que faz pesquisas rotineiramente para o PT. Segundo essa pesquisa, Dilma teria 43,8%; Aécio Neves, 19%; Eduardo Campos, 8,7%; pastor Everaldo, 3%. Votos em branco e nulos somariam 22%.
No Datafolha, Dilma aparece com 36%, Aécio com 20%, Eduardo com 8% e pastor Everaldo com 3%; bancos e nulos somam 13% e indecisos, 14%.
Vale esclarecer que, na conversa com a Comunicação do governo, alguns fatos foram passados pela fonte em questão e outros foram submetidos a ela pelo blogueiro e receberam sua concordância.
Em primeiro lugar, as pesquisas que vêm sendo feitas pelo governo praticamente não sofreram variação ao longo dos últimos meses.
Em junho, por exemplo, o Datafolha chegou a dar 34% para Dilma
Já em julho, o Datafolha apurou 38% para Dilma – e atribuiu a subida ao entusiasmo com a Seleção brasileira de futebol, então com esperanças de conquistar a Copa de 2014, e à boa organização do evento.
O governo, porém, diz que seu acompanhamento das pesquisas ao longo dos últimos meses mostrou que a presidente vem mantendo ao redor de 40% de intenções de voto. Às vezes um pouco mais, às vezes um pouco menos. Essas oscilações no primeiro turno, segundo o governo, não aconteceram nas pesquisas privadas feitas pelo Vox Populi para o PT.
Mas é sobre o segundo turno que a pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (17) derrapou mais, na visão do governo Dilma. Segundo a fonte consultada, “não tem lógica Aécio ficar estacionado no primeiro turno e ganhar 20 pontos percentuais no segundo enquanto Dilma só ganha 8 pontos”.
Independentemente da avaliação do governo, este blog comparou com a eleição de 2010 alguns dados da última pesquisa Datafolha que ganharam grande destaque nas manchetes com a aparente finalidade de destacar aspectos ruins para Dilma.
Dois pontos da pesquisa ganharam grande destaque na mídia: rejeição a Dilma e “empate técnico” entre ela e Aécio no segundo turno.
Comecemos pelo 2º turno. No post anterior, o Blog divulgou que não há muita diferença nas intenções de voto do candidato petista, do tucano e do (s) candidato (s) da terceira via no primeiro turno – ao menos em relação às três últimas eleições presidenciais.
Veja o gráfico, abaixo.
Agora, a mesma pesquisa foi feita pelo Blog em relação ao segundo turno de 2010. Os institutos que apuraram os números que figuram no gráfico abaixo foram Datafolha, GPP, Ibope, Sensus e Vox Populi.
Notem que Serra chegou a ficar em empate técnico com Dilma em pesquisa Sensus com “campo” entre 11 e 13 de outubro de 2010. Naquela pesquisa, Dilma apareceu com 46,8% e Serra com 42,7% – ou seja, ambos poderiam ter 44,8%, pela “margem de erro”.
Em julho de 2010, pesquisa Datafolha com “campo” entre os dias 20 e 23 mostrava Dilma com 46% e Serra com 45%. A situação no segundo turno era mais difícil naquele ano do que hoje, para Dilma.
Mas o dado mais surpreendente refere-se à taxa de rejeição de Dilma, que a mídia e a oposição estão martelando. Segundo esse grupo oposicionista-midiático, “nenhum candidato se elege com rejeição de 35%”.
Bem, aí vai uma má notícia para os torcedores de Aécio Neves – Eduardo Campos não importa: segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada em outubro de 2010, Dilma venceu aquela eleição com 35,4% de rejeição; Serra tinha 37,5%.
Contudo, o pior – para Aécio Neves – vem agora. O grande trunfo do candidato tucano hoje, apesar do que diz a mídia tucana, é ele ainda não ser muito conhecido. Segundo essa mídia, ao se tornar mais conhecido Aécio tende a crescer. Os fatos, porém, insinuam que pode ser o contrário.
Há um fator que este Blog explicou no post Datafolha e o beijo da morte de FHC, publicado em 6 de junho passado. O texto relatou dado daquela pesquisa em que o Datafolha mostrou Dilma com apenas 34%, no mesmo mês de junho. A mídia escondeu o dado, mas isso não fez com que sumisse.
Para explicar, transcrevo, a seguir, informação sobre a pesquisa Datafolha de junho escondida lá no finzinho da reportagem da Folha de São Paulo intitulada Joaquim Barbosa é o segundo mais influente da eleição (6/6/2010):
“(…) os que ‘com certeza’ optariam por alguém [um candidato a presidente] sugerido por FHC são 12%. No caso do tucano, o destaque é a sua influência negativa: 57% dizem que não votariam em alguém apoiado por ele, o campeão por esse critério [de influência no voto do eleitorado]”.
Quando a campanha de Dilma tiver acesso ao horário “gratuito” no rádio e na televisão, a rejeição de Aécio deve subir muito. E como essa rejeição a FHC já atravessa muitos anos (mais de uma década), dificilmente terá mudado.
Aliás, hoje só a oposição fala, através da grande mídia. Com o horário eleitoral, todos irão falar. Inclusive Dilma, de quem a mídia só reproduz as palavras que interessam à oposição.
Mas voltando ao “beijo da morte de FHC”, vale lembrar que ninguém vence eleição com 57% de rejeição. É estatisticamente impossível. E mesmo que Aécio – como Serra em 2002 e 2010 e Geraldo Alckmin em 2006 – esconda FHC, é óbvio que a campanha de Dilma não vai deixar. Muitos ainda não sabem que Aécio é o candidato de FHC. Mas vão saber.
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O torcida para que Dilma seja reeleita. A minha pesquisa com meus amigos mostam rejeição de 100% para Dilma, ou seja, ninguém que eu conheço vai votar nela, nem mesmo a empregada de meu irmão, nem os faxineiros que limpam meu ambiente de trabalho. Se nem os mais humildes que eu conheço wuerem votar na Dilma, então creio que sua rejeição seja grande mesmo. Situação bem diferente da última eleição presidencial onde ninguém que eu conhecia iria votar em Serra.
Por que o Aécio estaria querendo esconder o apoio de FHC? Foi em decorrência das políticas econômicas de Fernando Henrique que o Brasil vem se sustentando aos trancos e barrancos mesmo com toda corrupção petista. O problema é que as pessoas tendem a pensar que os efeitos de um bom ou mau governo federal se observa ainda no pleito do governante, e não é assim, o Lula só fez um bom governo, mesmo tirando os demandos, pq manteve a política econômica do governo de Fernando Henrique, e a Dilma, coitada, está sofrendo, hoje, os efeitos do desgoverno perpetrados pelo seu padrinho Lula qd esteve na gestao do governo federal em oito anos. Mas agora é tarde, pelo bem da democracia no país a alternância do poder é necessária.
Na minha família também ninguém vota nessa Dilma.
Fora Dillma!!!
o planalto suspeita falha nas pesquisasas. porque a pesquisa não deu a favor do plano alto da Dilma. então condena por que quer, mas a verdade e essa mesmo. do retrato das proximas eleições.
Marcos
Diga ao faxineiro, que ele vai voltar ao salário mínimo com aumento de 10 reais por ano como nos velhos tempos. Pergunte a empregada se ela quer voltar ao regime da escravidão de pouco tempo atrás.