Através de matéria publicada no dia de hoje (25/07/2014), no Jornal O Estado de São Paulo, tomei conhecimento sobre resultado de auditoria feita na Cruz Vermelha que demonstra desvios de doações de ajuda humanitária, vinculando responsabilidades a minha pessoa.

Afirmo, veementemente, que o relatório da auditoria chegou a um resultado equivocado, confuso e tendencioso, não traduzindo a verdade dos fatos ocorridos.

A auditoria, não independente, patrocinada pela Federação e Comitê Internacional, revela aquilo que a atual Diretoria Nacional e membros do Conselho Diretor Nacional, que em sua grande maioria, fazem parte da Instituição a mais de 40 anos, querem mostrar, por ser conveniente para o momento, e atender pretensões e objetivos obscuros, mas que será trazida a tona para conhecimento da Sociedade Brasileira.

Nunca a mim, ex Vice-Presidente Nacional, em nenhuma instância administrativa da Instituição no Brasil, nem mesmo do Comitê ou Federação Internacional foi dado o direito de apresentar qualquer tipo de esclarecimento, qualquer colaboração que pudesse auxiliar na elucidação dos fatos.

Não houve desvio de doações, o que existe é a recusa da atual diretoria da CVB em aceitar que precisa assumir o investimento financeiro dos recursos doados para a região Serrana do Rio, bem como, aqueles valores doados para a Somália e terremoto no Japão. Os atuais dirigentes da Cruz Vermelha Brasileira e a maioria dos membros do Conselho Diretor Nacional que se escondem atrás desta auditoria, impediram por razões políticas, que a instituição fosse financeiramente saneada e honrasse com seus compromissos financeiros, uma verdade cujos detalhes ainda não aparecem para a população.

Não houve repasse de recursos financeiros oriundo de doações para o Instituto Humanus. Os recursos identificados pela auditoria foram objeto de atuação conjunta entre as duas Instituições, em função da gestão de projetos, que em nada tinha a ver com a Cruz Vermelha Brasileira ou qualquer outra de suas filiais. Vale lembrar que cada uma das filiais da Cruz Vermelha no Brasil, é administrativa e financeiramente autônoma.

A condição de absoluta falência financeira da Cruz Vermelha Brasileira – Órgão Central – Rio de Janeiro – e grande parte de suas Filiais Estaduais, com inúmeros processos judiciais, muitos na justiça do trabalho, com dívidas de toda espécie, que hoje ultrapassa a casa dos R$100.000.000,00 (Cem Milhões de Reais), se arrastando há décadas, agravada nos anos 90 pela gestão de exageros da ex-presidente Mavy D’Aché Harmon, com a complacência e aplausos de boa parte dos que ainda hoje integram o Conselho Diretor Nacional e a Diretoria Nacional da Cruz Vermelha, impedem, por exemplo, que o Órgão Central, sua Sede Nacional tenha conta em banco, em razão dos constantes bloqueios judiciais extensivos a todas as Filiais no País, sem contar as frequentes tentativas de leilão da Sede Nacional da Instituição, no Rio de Janeiro, pela Justiça. Atualmente qualquer doação financeira feita à Cruz Vermelha Brasileira, irá diretamente para pagamento do seu passivo trabalhista, resultado de décadas de desmandos e absoluta ausência de gestão profissional. Em função disso, a Diretoria Nacional, aprovou de forma irregular, há poucos dias, a criação, mesmo contrariando o Comitê e a Federação Internacional, de um Instituto, denominado Instituto da Cruz Vermelha Brasileira, com propósito de driblar os credores e realizar contratos com o setor público. A eficiência, responsabilidade e transparências de outras Sociedades Nacionais de Cruz Vermelha pelo mundo, como por exemplo a da Espanha, Alemanha e Estados Unidos, são realidades que a Cruz Vermelha Brasileira está anos-luz de distância.

Se existe a real vontade por parte do Comitê Internacional e da Federação Internacional do Movimento de Cruz Vermelha em moralizar definitivamente a Cruz Vermelha no Brasil, não tenho dúvidas que o momento é agora. Faço um apelo ao Comitê e a Federação, que conhecem os graves problemas que atingem a Instituição no Brasil há décadas, que executem a intervenção imediatamente, é a única forma de livrar a Instituição da corrupção que predomina há muitos anos e reiniciar com novas pessoas, livres de qualquer histórico comprometedor. Se nem o Comitê, nem a Federação tiver coragem para isso, apelo ao Governo Brasileiro que intervenha, definitivamente, mas que não seja igual à última intervenção ocorrido no Governo Itamar Franco, que recuou quando se deu conta da gravidade dos problemas.

Parabenizo o trabalho da imprensa, e afirmo que a CAIXA PRETA ainda não foi aberta. É um direito da Sociedade Brasileira e dos poucos, corajosos e resistentes voluntários conhecerem a verdade sobre a Cruz Vermelha no Brasil.

Estarei sempre disponível para prestar todos os esclarecimentos necessários, e busco no momento acessar a justiça para reparação aos danos que recaem sobre mim.

Anderson Marcelo Choucino
Ex Vice-Presidente da Cruz Vermelha Brasileira


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