Folha.com

RAQUEL LANDIM
RENATA AGOSTINI
DE SÃO PAULO

O empresário Joesley Batista, da JBS, disse aos procuradores federais que estava “blefando” quando sugeriu ao presidente Michel Temer que havia comprado dois juízes federais.

A informação aparece na gravação feita pelo empresário no Palácio do Jaburu em março deste ano e faz parte das provas apresentadas à Justiça para firmar sua delação.

Ele contou aos investigadores sobre o “blefe” na mesma época em que ocorreu, pois, quando o presidente Temer foi gravado, a empresa já colaborava com a Polícia Federal.

Joesley afirmou, contudo, que havia uma tentativa de aproximação com um magistrado que atua em operações como Greenfield e Cui Bono por meio do advogado Willer Tomaz.

Segundo do dono da JBS, Tomaz foi contratado porque dizia ter acesso e influência sobre Ricardo Augusto Soares Leite, juiz substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal. O titular é Vallisney de Souza Oliveira.

Danilo Verpa – 13.fev.2017/Folhapress
Empresário Joesley Batista, dono da JBS, durante entrevista à Folha na sede da empresa em São Paul
Empresário Joesley Batista, dono da JBS, durante entrevista à Folha na sede da empresa em São Paul

A seção é responsável por operações como a Sépsis, primeira a mirar a J&F em julho do ano passado, a Greenfield, que investiga fraudes em fundos de pensão, a Cui Bono, que apura irregularidades no FI-FGTS, fundo de investimento em infraestrutura do FGTS.

Joesley afirmou que, apesar da contratação de Tomaz ter tido essa finalidade, não existe comprovação da relação entre o advogado e o magistrado. A emmpres também não conseguiu decisões favoráveis na Justiça e os investigadores não encontraram provas que comprometessem Leite. Willer Tomaz foi preso pela Polícia Federal nesta quinta (18).

A situação do juiz, portanto, é diferente do procurador Ângelo Goulart Vilella, que integrava a força-tarefa da Operação Greenfield. Nesse caso, os delatores dizem ter provas de que pagaram Vilella para saber do andamento das investigações.

Por meio de nota, a 10ª Vara Federal do DF afirmou que as declarações de Joesley Batista na gravação com Temer mostram-se infundadas pelos fatos, já que, em razão de sua especialização, lá tramitam mais de 20 “grandes operações criminais” e houve diversas medidas decretadas em desfavor da JBS.

Foi a Justiça Federal do DF que, em março desta ano, decretou o afastamento de Joesley da presidência do conselho da J&F, que controla a JBS, e da Eldorado Celulose, uma das empresas do conglomerado.

Procurado, o escritório de Willer afirmou que não irá comentar as informações. Em nota divulgada no site, a banca afirma que os fatos serão “devidamente esclarecido no curso das investigações”.


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