Delator aponta esquema de jogatina entre delegado e prefeito em Açailândia
Juscelino Oliveira (PCdoB), prefeito de Açailândia, e o delegado regional Murillo Lapenda são acusados pelo delator e carcereiro Mauri Célio da Costa Silva de comandarem um esquema que envolve o jogo de caça-níquel naquela cidade e que, inclusive, dinheiro da jogatina teria sido despejado na campanha do prefeito.
Em depoimento aos delegados da Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (Seccor), o carcereiro, que encontra-se preso, revelou que o delegado regional Murilo Lapenda armou para envolver membros de unidades policiais em corrupção, e citou como exemplo as prisões do delegado titular do 1º DP de Açailândia, Tiago Fellipini, a escrivã Silvya Helena Alves, o investigador Glauber dos Santos Costa e o advogado Éric Nascimento Carosi.
Ele informou ainda aos delegados da Seccor que o então candidato Juscelino Oliveira ia na delegacia ao menos três vezes na semana para tratar sobre o esquema financeiro oriundo das máquinas de caça níquel. Mauri Célio garantiu que o delegado regional de Açailândia tinha conhecimento que o dinheiro da jogatina irrigava a campanha do comunista.
Como os donos da casas de jogatina apoiavam financeiramente a campanha do prefeito eleito, não eram incomodados pelo delegado, segundo informou o delator e carcereiro.
Ele explicou ainda que para disfarçar ele fechava as pequenas casas.”Quando se tratava de pequenas casas de jogos ilegais, o dr. sempre estava lá com o intuito de fechá-las. E quando isso acontecia, chamava a imprensa para divulgar o fato.”, contou o carcereiro.
Para o delator, as casas de jogatina davam em média R$ 100 mil por mês para Juscelino Oliveira e como o esquema estava para estourar, o delegado fez uma operação batizada de “Sem Acordo” e apreendeu vários objetos ilegais para não vincular sua imagem a jogatina.
O carcereiro contou ainda que sabia da armação do delegado regional para que a vinculação das casas de jogos caíssem no colo do delegado Fillipini em razão dele apoiar outro candidato e não Juscelino Oliveira.
Confira o depoimento do carcereiro e um áudio gravado sobre a trama em que ele acusa do delegado regional de Açailândia:
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