Em Caxias quem menos manda é o prefeito

    Leo CoutinhoO discurso irônico e crítico do vereador Catulé, na Câmara Municipal de Caxias, mostra que o prefeito daquela cidade é quem menos manda na gestão dele.

    Eleito pela maioria dos eleitores em 2012, Léo Coutinho entregou o comando do município para três parentes, os tios Humberto Coutinho, Cleide Coutinho, e o pai Eugênio Coutinho.

    Com discurso de renovação e do novo, o atual prefeito é a prova mais viva da continuidade da oligarquia da família Coutinho e de como se elege uma marionete ou um estelionatário eleitoral. Só agora a população sente o golpe que caiu.

    O menino Coutinho entende tanto de gestão pública quanto o tio ex-prefeito de honestidade pública.

    Caxias, na verdade, tem o eleitorado mais analfabeto político da história do Maranhão. Tanto que sempre adorou o culto aos coronéis. Foi assim desde o início de sua história, passando pelos Marinhos e agora se consolidando com os Coutinhos.

    Aliás, ganha ou sempre ganhou as eleições em Caxias que teve o maior volume de dinheiro. Tem sido assim com a vitória dos vereadores e até a eleição do então desconhecido Flávio Dino.

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    Pesquisa Escutec/O Estado aponta vitória com larga vantagem de Fábio Gentil em Caxias

    Blog Daniel Matos

    Faltando cerca de quatro meses para as eleições municipais de 2020, uma pesquisa Escutec/O Estado mostra o cenário eleitoral na cidade de Caxias. Se o pleito fosse hoje, o prefeito Fábio Gentil (Republicanos) seria reeleito com mais de 60% dos votos.

    Fábio Gentil vence com ampla vantagem em todos os cenários possíveis da eleição para prefeito de Caxias

    O levantamento ouviu 500 eleitores do município nos dias 13 a 16 de julho. Pesquisa, que foi registrada na Justiça Eleitoral com o número MA 02798/2020, tem intervalo de confiança de 90% e margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

    O eleitor ouvido na pesquisa Escutec/O Estado respondeu a quatro cenários sobre a disputa eleitoral em Caxias. Em todos eles, Fábio Gentil venceria a disputa. Os percentuais de intenção de votos para o prefeito variaram de 46% até 62% dependendo dos adversários.

    Na espontânea, por exemplo, Gentil alcançou 46% da opinião dos entrevistados. O segundo colocado, o deputado Adelmo Soares (PCdoB) obteve 9%, seguido por Paulo Marinho Jr (3%), Júnior Martins (2%), Cesar Sabá e Tino Castro (1% cada). Não sabe ou não respondeu somaram 38%.

    Dos cenários estimulados, Gentil lidera em todos. No primeiro em que estão o atual prefeito e mais outros seis possíveis adversários, Fábio Gentil foi a opção de 59%. (Veja o gráfico).

    Com menos candidatos no segundo cenário estimulado, o percentual do republicano chega a 62%. A disputa, neste caso, aparece Adelmo Soares (15%), César Sabá (2%), Tino Castro (2%) e professor Arnaldo Rodrigues (1%). Nenhum dos candidatos foi a opção de 12% dos ouvidos e não sabe ou não respondeu, 6%.

    Se a disputa fosse polarizada entre Fábio Gentil e Adelmo Soares, o prefeito seria reeleito em Caxias com 62% dos votos. O deputado do PCdoB obteve na pesquisa, 16%. (Veja o gráfico).

    Aprovação

    A avaliação da administração do atual prefeito de Caxias também foi feita na pesquisa Escutec/O Estado. Neste aspecto, 12% disseram que a gestão é ótima, 28% classificou de boa e outros 38% disseram ser regular. Afirmaram ser ruim 8% e péssima, 9%. Não sabe ou não respondeu somaram 5%.

    A aprovação da gestão de Gentil em Caxias é de 67%. Outros 28% dos entrevistados disseram desaprovar e 5% não sabe ou não respondeu.

    Mais

    Rejeição

    A rejeição dos postulantes a comandar a cidade de Caxias também foi pesquisada

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    MPMA aciona prefeito de Aldeias Altas por descumprimento da Política de Resíduos Sólidos

    Prefeito de Aldeias Altas José Benedito da Silva TinocoPrefeito de Aldeias Altas José Benedito da Silva Tinoco

    A falta de um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e o depósito de resíduos em um lixão na Vila Rita Reis, trazendo graves transtornos à comunidade do bairro, levou a 2ª Promotoria de Justiça de Caxias a ingressar com uma Ação Civil Pública contra o Município de Aldeias Altas, que é Termo Judiciário da Comarca.

    No final de janeiro, moradores da Vila Rita Reis buscaram o Ministério Público requeendo providências a respeito do lixão existente no bairro, mantido pela prefeitura, no qual são depositados os resíduos recolhidos pelo Poder Público.

    De acordo com vistoria realizada por técnica da promotoria, o lixão está localizado em área de preservação permanente, a cerca de 200 metros de um curso d’água, sem tratamento adequado, sem licenciamento ambiental e com situação de degradação social, já que crianças trabalham no local, estando sujeitas a risco de contaminação.

    A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que o prazo para a elaboração dos planos municipais venceu em 3 de agosto de 2012. O prazo para que seja dada a disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos (lixo que não pode mais ser reutilizado ou reciclado) termina em 3 de agosto de 2014.

    Diante da gravidade da situação, o promotor de justiça Cláudio Rebêlo Correia Alencar propôs um Termo de Ajustamento de Conduta ao Município de Aldeias Altas. Em resposta, a chefia de gabinete da Prefeitura informou que a cidade já possui um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, encaminhando-o à promotoria.

    “De uma simples leitura do mencionado documento se verifica que se trata apenas de um arremedo de plano, com informações e conteúdos genéricos do constante na Lei Federal 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), sem informações concretas do Município de Aldeias Altas, sem dados referentes aos seus principais produtores de resíduos, dos seus passivos (tal como o lixão da Vila Rita Reis), a indicação de qual será a disposição final ambientalmente adequada adotada na cidade, bem como as medidas para estimular a sociedade local a não gerar, reduzir, reciclar seus resíduos sólidos”, aponta, na ação, o promotor Cláudio Alencar.

    Além disso, não há nenhum ato normativo (lei ou ato administrativo) que valide o suposto plano.

    Outras tentativas de resolução do problema foram feitas, com o envio de diversos ofícios à prefeitura. As comunicações, no entanto, sequer foram respondidas pela administração que tem como gestor o prefeito José Benedito da Silva Tinoco.

    Na ação, o promotor reforça que, apesar de ainda não estar vencido o prazo para que seja dada a destinação adequada aos resíduos, a situação do lixão da Vila Rita Reis é grave, demanda ações urgentes que diminuam os danos ambientais e sociais. A partir de 3 de agosto de 2014, o lixão deverá passar a ser tratado e ter a área degradada recuperada.

    Como medida Liminar, o Ministério Público pede que a Justiça determine a adoção de uma série de medidas, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. Entre as ações estão a delimitação e colocação de cerca no atual lixão, com pelo menos três metros de altura; controle de acesso ao local, com vigilância contínua; eliminação da queima a céu aberto de resíduos; implantação de sistemas de coleta e drenagem de águas pluviais, chorume (líquido resultante da decomposição de resíduos) e gases resultantes da decomposição da matéria orgânica; e proibição de recebimento resíduos que não sejam domiciliares e públicos ou de lixo de outros municípios.

    O Município de Aldeias Altas também deverá elaborar um projeto de encerramento do lixão da Vila Rita Reis em até 90 dias.

    CCOM-MPMA

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    Inquérito civil apura denúncia de irregularidades em pregão eletrônico da Prefeitura de Açailândia

    O Titular da 2ª Promotoria de Justiça Especializada da Comarca de Açailândia, Denys Lima Rêgo, determinou abertura de inquérito civil para apurar denúncia, encaminhada ao Ministério Público do Maranhão, de ‘supostos’  ilícitos em processo licitatório realizado pela Prefeitura Municipal comandada pelo Aluísio Silva.

    Prefeito Aluísio Silva Sousa

    O Pregão Eletrônico nº 10/2023, citado em portaria do MPMA, foi realizado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbanismo de Açailândia, na modalidade Tomada de Preços, em empreitada por menor preço global, com execução indireta, tendo por objeto a contratação de pessoa jurídica visando a reforma, urbanização, paisagismo, e acessibilidade das calçadas da Rua Duque de Caxias, setor comercial da cidade. O processo foi aberto no último dia 4 e prevê um gasto estimado em mais de R$ 761 mil. Pelo menos cinco empresas estão em concorrência.

    Confira:

    Tomada de Preços

    De acordo com o Promotor de Justiça que solicitou apuração do processo em andamento, há um grande número de documentos a serem analisados por isso há necessidade de instrumentos que somente são utilizados em procedimentos administrativos como Inquérito Civil, haja vista a potencialidade que uma Licitação de Registro de Preço, tal como o Pregão Eletrônico que pode resultar em prejuízo ao erário.

    Caso comprovadas irregularidades, deverão ser adotadas medidas judiciais/extrajudiciais no caso assim como cancelamento da tomada de preços e eventual contratação pelo Município.

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    Saiba quais capitais terão transporte público gratuito no 2º turno

    Metrópoles

    Até esta quinta-feira (20/10), pelo menos 14 capitais brasileiras confirmaram que oferecerão transporte público coletivo gratuito em 30 de outubro, data do segundo turno das eleições de 2022.

    São elas: Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RO), Campo Grande (MT), Cuiabá (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES).

    No primeiro turno, 14 capitais garantiram passe livre aos eleitores. Entre elas, Curitiba (PR), Porto Velho (RO), Salvador (BA) e São Luís (MA) ainda não confirmaram se pretendem manter o benefício no segundo dia em que os brasileiros irão às urnas.

    Assim como no primeiro turno, Rio Branco (AC) anunciou que irá manter o regime de gratuidade apenas no trecho de volta, com a apresentação do comprovante de votação. Natal (RN) terá tarifa reduzida, com 50% de desconto.

    A movimentação está alinhada à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgada na quarta-feira (19), que autorizou as prefeituras a a disponibilizarem gratuitamente serviço de transporte público urbano coletivo de passageiros na data. A liberação do transporte não é uma obrigatoriedade, nem provoca punição por improbidade em caso de recusa. O tema foi analisado no plenário virtual da Corte.

    A decisão atende parcialmente pedido feito pelo partido Rede Sustentabilidade. A sigla alegou que a abstenção dos eleitores neste ano, no primeiro turno, foi a maior desde 1998, registrando 20,95%. Por isso, faz-se necessária a disponibilização de transporte.

    A autorização inclui a possibilidade de uso, para os mesmos fins, de ônibus escolares e outros veículos públicos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá, ainda, expedir regulamentação sobre a matéria, se entender necessário.

    Pelo menos 14 capitais garantiram gratuidade no transporte público para permitir o deslocamento de eleitores no dia da votação em primeiro turno. O benefício foi garantido para os moradores das seguintes capitais:

    Recife (PE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Luís (MA).
    Em Natal (RN), os eleitores tiveram o benefício de uma tarifa social de 50% e, em Rio Branco (AC), o passe livre foi garantido no retorno com a apresentação do comprovante de votação.
    Além dessas capitais, ofereceram passe livre as cidades de Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, São Leopoldo e Canoas, todas no Rio Grande do Sul, e Diadema, na Grande São Paulo. Em outras capitais, o benefício não foi garantido.

    No Distrito Federal, as tarifas de transporte público foram cobradas normalmente no 1º turno, sem gratuidade ou redução de preço. A medida ainda não foi confirmada para o dia 30.

    Após o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) pedir ao governo do DF que conceda gratuidade, o governador Ibaneis Rocha (MDB) defendeu que aguardaria a decisão definitiva do STF.

    Polêmica no 1º turno

    Em setembro, o ministro Barroso negou um pedido da Rede Sustentabilidade para que, no dia do pleito, o serviço de transporte público de passageiros fosse gratuito em todo o Brasil e em frequência maior ou igual à dos dias úteis. A decisão foi rejeitada pela falta de previsão orçamentária específica.

    Às vésperas do primeiro turno, Jair Bolsonaro (PL) foi na linha contrária, e pediu ao TSE para limitar decisão do STF de determinar que o transporte público seja mantido em níveis normais no domingo das eleições — citando uma eventual abertura para crimes eleitorais por parte de prefeitos e governadores.

    O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, rejeitou o pedido e afirmou que a solicitação do atual mandatário brasileiro “descamba para o absurdo”.

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    Bolsonaristas maranhenses tem apenas uma chance de eleger deputado

    Dadas as condições da campanha e decisões erradas de candidatos tomadas ao longo de 2021 e 2022, os bolsonaristas do Maranhão terão apenas uma chance de eleger um representante entre os 18 deputados federais que devem ser eleitos no próximo domingo. A divisão em vários partidos em legendas que exigem altíssima votação é a principal barreira. Neste aspecto, apenas a jovem empresária de Imperatriz, Mariana Carvalho, tem chance de ser a primeira “conservadora raiz” da história do Maranhão a vencer uma eleição.

    Bolsonaro pode ficar mais uma vez sem aliado na Bancada Maranhense caso eleitores não priorizem apenas uma candidatura

    Atualmente vários candidatos se arrogam o status de “bolsonaritas”.

    Contudo, apenas sete possuem alguma chance de eleição. Os deputados federais Josivaldo JP (PSD) e Pastor Gil (PL), o militar reformado Coronel Monteiro (PL), o pastor Silvio Antonio (PL), o médico Allan Garcês (PP), a influencer Flávia Berthier (PSC) e a empresária Mariana Carvalho (PSC).

    Apagados em seus mandatos e por quatro anos calados em relação ao governador Flávio Dino, Josivaldo JP e Pastor Gil são considerados “bolsonaristas de ocasião”. Assumiram a aliança com o presidente apenas às vésperas das eleições, mas não são conhecidos pelas defesas das pautas bolsonaristas.

    Os demais já possuem histórico de participação em manifestações, militância e até já trabalharam diretamente com o presidente em Brasília.
    Ocorre que as escolhas de PL e PP por algumas destas lideranças pode ter comprometido as eleições. No PL, partido de Silvio Antonio e Monteiro, são necessários 130 mil votos para assegurar a eleição. Ocorre que a concorrência no partido é a maior em todos os que disputam.
    Além de Josimar de Maranhãozinho e da esposa, Detinha, ainda disputam os deputados de mandato Pastor Gil e Junior Lourenço. Também figuram entre os concorrentes o vereador Humbelino Jr e Paulo Marinho Jr. A situação de Coronel Monteiro e Silvio Antonio é muito delicada e uma votação razoável pode não eleger nenhum dos dois, mas garantir mais aliados de Josimar eleitos.
    Allan Garces conta com menos concorrência no próprio partido, o PP. No entanto, a legenda deve eleger apenas um representante. André Fufuca, presidente da legenda no estado, é visto como favorito. Além de superá-lo, Garcez também precisaria ter votação maior que Amanda Gentil, filha do prefeito de Caxias, Fabio Gentil. A cidade é a quinta maior cidade do estado e a campanha dos Gentil é uma das maiores da região.


    CHANCES REAIS

    Entre os candidatos bolsonaristas, Mariana Carvalho possui as melhores chances. O PSC, partido da empresária e da digital influencer Flávia Berthier, conta com apenas um deputado federal de mandato e não tem nenhum supercampeão de votos como que deva ultrapassar a barreira dos 110 mil votos. Junto aos outros 15 candidatos da chapa, uma votação de 80 mil votos é suficiente para entrar forte na disputa.
    Mariana leva vantagem na disputa contra a influencer por já possuir experiência de ter participado de eleições em 2018 e 2020. Neste ano, ela foi a primeira candidata bolsonarista a atingir grande nível de volume de campanha nas ruas e foi responsável pela criação do primeiro comitê de apoio a Bolsonaro no Maranhão. Flávia Berthier enfrenta dificuldades pela falta de experiência que lhe direcionaram a uma aposta completa nas redes sociais. Enquanto isso, Mariana Carvalho visita de 3 a 6 cidades por dia durante a campanha. Apesar disso, ela não descuida das redes sociais e também se destacada pela defesa do presidente, com quem já trabalhou em Brasília.

    Em relação às estratégias, enquanto Flávia Berthier prefere o ambiente virtual e a conquista dos votos de bolsonaristas já definidos, Mariana Carvalho costuma fazer suas passeatas e ações em cidades onde o presidente realmente precisa de apoio. A atitude também se mantém distante das intrigas comuns a lideranças bolsonaristas da capital maranhense.

    Neste aspecto, a possibilidade de sucesso na campanha de Mariana Carvalho, por sua organização e desenvoltura, é bem maior. E uma das poucas possibilidades de eleição de um deputado bolsonarista no estado pode ser a união do eleitor no entorno de Mariana Carvalho.

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    Flávio Dino descarta sair do PCdoB, mas diz que sigla trava luta para sobreviver

    Entre as medidas cogitadas pelos integrantes da sigla está o abandono do termo “comunista”, que acreditam ser alvo de preconceito

    Metrópoles 

    MARCELLO CASAL JR/ABR
    Em uma avaliação sobre o resultado obtido pelo PCdoB e pelo campo da esquerda nas eleições municipais, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), detectou um cenário negativo, que deverá gerar nos próximos meses uma série de movimentos com o objetivo de garantir a sobrevivência da legenda mais antiga do país.

    Dino é um nome já colocado como projeto para a disputa em 2022 pela presidência da República, e terá que buscar meios para viabilizar sua candidatura. Ele descarta qualquer possibilidade de saída do partido. Segundo ele, qualquer projeto que envolva seu nome, necessariamente tem o envolvimento da legenda ou o que resultará das ações do seu grupo político.

    “Não vou fazer nenhum movimento que não seja debatido com o PCdoB, porque eu tenho muito vínculo, amizade e lealdade. Minha tendência é esperar o debate com o PCdoB, e não um movimento individual”, disse.

    Rumores

    Boatos sobre a saída de Dino do PCdoB não são novidade no campo da esquerda. No passado, já houve rusgas inclusive de membros do PCdoB com petistas, alegando constantes convites feitos ao governador do Maranhão para que ele se mudasse para a legenda comandada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Nesta semana, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) chegou a usar as redes sociais para dizer que Dino já estaria acertando sua ida para o PSB.

    Novamente, integrantes do partido reclamaram da “falta de respeito” com a sigla. O ex-líder e ex-candidato em São Paulo Orlando Silva, criticou abertamente a fala de França.

    “Se há algo deplorável é o desrespeito, como o de Márcio França conosco. Quer construir a frente ampla assim?”, retrucou.

    Entre as ações para garantir a sobrevivência do quase centenário PCdoB está inclusive a discussão interna sobre o nome da legenda, reconhecidamente alvo de preconceito pelo termo “comunista”.

    “Mais que uma questão de nome e símbolo, é um debate mais geral, que abrange essa possibilidade de mudar de nome”, disse o governador.

    “Não é um debate novo, e ele será percorrido agora em 2021 pelo PCdoB”, disse o governador, que reconheceu o termo como ponto de estigmatização. Para ele, a discussão será inevitável, “menos pela questão do preconceito” e mais pela necessidade de se cumprir as exigências da lei na chamada “cláusula de barreira”.

    O PCdoB amarga a real possibilidade de não cumprir essa exigência, caso não busque fusões com outras legendas que poderão implicar, nesse caso, no abandono do termo.

    “A discussão sobre uma mudança de nome já se colocou em vários momento não só no Brasil. Se tem um grande exemplo, é o PCI, Partido Comunista da Itália, que mudou de nome há 20 anos. O próprio PCB virou PPS, e hoje é Cidadania”, citou. “Independentemente do nome A, B, C ou D, o destino partidário não só do PCdoB está em debate”, explicou.

    A cláusula de barreira

    O mecanismo foi recriado em 2017, e prevê a utilização das eleições nacionais como base de cálculo — o pleito no qual os brasileiros escolhem presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.

    Pela regra, em 2018, por exemplo, última eleição geral, para superar a cláusula as legendas precisariam obter pelo menos 1,5% dos votos válidos em nove estados, e no mínimo 1% em cada uma das unidades federativas.

    Na próxima, em 2022, esse índice será de 2% (ou eleger 11 deputados federais). Esse indicador foi desenhado para aumentar de forma progressiva. Em 2030, esse piso deverá ser de 3%.

    Na última eleição presidencial o PCdoB O PCdoB, teve 1,61% do total de votos, um pouco acima do desempenho mínimo, mas abaixo do previsto para 2020. Em seguida, uniu-se ao Partido Pátria Livre (PPL). A possibilidade de nova fusão volta a ser aventada agora.

    Grau

    Dino acredita que as eleições deste ano tiveram um alto grau de preconceito em relação ao “comunismo”, embora ele não considere que esse tenha sido um fator decisivo para o baixo desempenho da sigla. A sigla elegeu 82 prefeitos em 2016, número que caiu para 46 neste ano.

    “Sempre entra esse componente, e não é de hoje. Desde os anos 1940 isso se coloca. Pela primeira vez, o partido foi colocado na ilegalidade em 1947. Daquela época em diante, isso sempre se renovou de um jeito ou de outro. Às vezes mais, às vezes menos. Isso já foi menor há 10 anos do que hoje. Sempre há essa tentativa de estimular preconceitos, estigmatização, não só contra o PCdoB, mas contra a esquerda de um modo geral”, avaliou o governador, utilizando de bom humor para descrever os novos tempos da política.

    Lua

    “Dependendo do dia, até a Globo entra na lista dos comunistas. Dependendo da lua, se está na lua cheia, aí o pessoal fica mais nervoso. Até os Marinhos [donos da Rede Globo] são tidos como comunistas. A Veja é vista como comunista, e por aí vai”, brincou, citando alguns veículos de comunicação.

    “Vivemos, não há dúvida, um período em que isso está mais pronunciado. Eu não creio sinceramente que isso tenha sido uma fator decisivo para as eleições. Não foi especificamente contra o PCdoB. O que eu posso te responder concretamente é que sim, isso existe e hoje é maior que há 10 anos atrás, mas não acho que isso tenha sido decisivo no resultado das eleições”, destacou.

    “O ambiente geral ainda é contra a esquerda”, reconheceu, em entrevista ao Metrópoles. “O ambiente ainda está mais virado para a direita do que para nosso campo político. Por uma série de razões, sobretudo por conta desses últimos anos, nos quais houve um crescimento, talvez no mundo, mas seguramente no Brasil, do pensamento de direita, do conservadorismo”, destacou.

    Desempenho

    Partido mais antigo do Brasil, o quase centenário PCdoB amargou uma perda considerável de prefeituras e de vagas nos legislativos estaduais nesta eleição, a primeira sem o critério da proporcionalidade das coligações que muitas vezes rendeu cargos à legenda, associada principalmente ao PT.

    O número de prefeituras comandadas pelo PCdoB caiu de 82 para 46. O número de vereadores eleitos também encolheu. A legenda tinha 1.010 representantes nos legislativos municipais eleitos em 2016, e fez agora apenas 695.

    O maior feito do PCdoB nesta eleição foi ter conseguido se colocar no segundo turno na disputa em Porto Alegre, com a candidatura de Manuela D’Ávila, que acabou derrotada pelo emedebista Sebastião Melo. O partido também não conseguiu ser vitorioso em nenhuma das 96 maiores cidades do país, ou seja, as que têm mais de 200 mil eleitores.

    Em Caxias do Sul, onde foi para o segundo turno com Cláudio Libardi vice do ex-deputado e ex-ministro petista Pepe Vargas, a disputa foi vencida pelo tucano Adiló.

    Amargor

    Entre a militância do PCdoB e da União da Juventude Socialista (UJS), braço jovem do partido, uma “carta aberta” distribuída na segunda-feira (16/11), logo após o resultado do primeiro turno, já reconhecia o mau desempenho com a seguinte frase: “É inegável que o último domingo significou uma amarga derrota para o partido”, dizia o documento que ainda conclamava apoio a Manuela.

    O resultado é desanimador diante do objetivo da legenda de se livrar da alcunha de “puxadinho do PT” que se formou no tempo que a legenda logrou resultados positivos, entre 2012 e 2016, quando o PT estava no poder.

    Sem deixar de ser um aliado fiel do PT nos momentos mais difíceis, como no impeachment de Dilma Rouseff e na prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PCdoB tentou nestas eleições alçar voo próprio e deixou de estar em coligações com o PT em capitais importantes, como São Paulo, Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Salvador (BA) e Recife (PE).

    Para Dino, as movimentações partidárias são inevitáveis, e serão intensas até abriu de 2022, quando abre a janela para trocas de partidos. “Inevitavelmente, de março de 2021 até abril de 2022 vamos ter muita novidade partidária. Os partidos vão ter que passar por um processo de avaliação para ver quem tem mais chance de fazer a cláusula de barreira. Eu aposto que haverá uma concentração em menos partidos. Essa é uma tendência independentemente da condição do PCdoB”, avaliou.

    Pequenas comemorações

    Diante do resultado nacional o partido, no entanto, o PCdoB comemorou crescimento em dois estados. Na Bahia, passou de 10 prefeituras para 16, embora tenha perdido as eleições na capital, Salvador. Na Câmara de Vereadores de Salvador, o partido manteve as duas cadeiras que conquistou em 2016.

    No Maranhão, comandado por Dino, o partido elegeu 22 prefeitos no interior do estado e quatro vereadores na capital.

    Dino, porém, não conseguiu emplacar seu nome em São Luís. Rubens Júnior ficou em quarto lugar com 54.155 votos (10,58%). No segundo turno, Dino sofreu nova derrota, ao apoiar o candidato do Republicanos, Duarte Júnior, contra o candidato do Podemos na capital maranhense, Eduardo Braide.

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    Chico Carvalho diz que “os ratos da política do Maranhão estão querendo tomar o PSL”

    Jorge Vieira

    O presidente estadual do PSL, vereador Chico Carvalho, em conversa com o titular do blog Jorge Vieira, nesta manhã de terça-feira (18), afirmou que “os rato da política do Maranhão estão querendo tomar o partido no Estado” e citou nominalmente a ex-candidata Maura Jorge, o ex-vereador Fábio Câmara e Alan Garcês que, segundo ele, estariam percorrendo gabinetes em Brasília tentando se apoderar da legenda.

    “Tá uma futrica geral. Estão querendo tomar o partido a qualquer custo, existe uma turma percorrendo gabinetes em buscar de emprego e de tomar o partido, que tem como orientação lançar candidatos próprios em todos os municípios, inclusive transmitir essa informação aos companheiros de Caxias no último domingo quando voltei para agradecer os votos em Bolsonaro”.

    Ele negou que tenha se afastado da ex-deputada por conta de indicações de cargos federais no Estado. “Quem vai indicar para os cargos existentes no Maranhão são os deputados federais, não serei eu, muito menos Maura Jorge. O Governo vai ter negociar com o congresso e que tem a oferecer é quem está no mandato”, observou Chico Carvalho.

    Carvalho esclareceu que fez tudo para unir o partido durante a campanha eleitoral, que fez campanha para todos os candidatos do PSL, inclusive Maura Jorge, mas que a unificação da legenda se tornou impossível por conta do grupo da candidata a governadora. “O grupo dela é muito difícil, é muito ruim”, enfatizou.

    Segundo o presidente do PSL, Maura Jorge e Alan Garcêz já estariam lançando até candidato a prefeito de São Luís. “Não estão respeitando as convenções do partido. Em São Luís temos até o Samuel de Itapecuru que teve 60 mil votos em São Luís, o Silvio Antônio que teve 10.500 votos, etc”, reclamou Carvalho.

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    Conheça os 11 vereadores de São Luís que querem ser deputados em 2019

    Pelo menos 11 dos 31 vereadores de São Luís se lançaram em voos mais altos este ano, com candidaturas para deputado estadual ou federal. Caso os indicados sejam confirmados pela Justiça Eleitoral e o cenário não se altere, este será o maior número de representantes do Palácio Pedro Neiva de Santana, sede do legislativo da Capital, na disputa proporcional, seja pela Assembleia Legislativa ou pela Câmara dos Deputados, desde 1989.

    Dos 11 vereadores indicados por suas siglas para concorrer no pleito de 7 de outubro, apenas uma é mulher. As convenções partidárias foram o primeiro passo para oficialização das candidaturas. De acordo com o calendário definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), elas foram realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto. Depois disso, as siglas tiveram até o último dia 15 de agosto para registrarem os pedidos de candidatura no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O órgão deve julgar todas as solicitações até o dia 17 de setembro.

    Confira abaixo, por ordem alfabética, quais são os vereadores confirmados pelos partidos em suas convenções para concorrer na disputa proporcional deste ano:

    BARBARA SOEIRO (PSC)      

    Maria Bárbara Araújo dos Santos Silva, mais conhecida por Bárbara Soeiro, é bacharel em Direito. Filha de Doca Batista e Raimunda Araújo, nasceu em 19 de abril de 1964 na cidade de Brejo, distante a 198 km de São Luís. Desde nova, já tinha aptidão para liderança e formação de grupos, e sempre esteve à frente quando assunto era lutar por direitos na sala de aula.

    Bárbara é casada com o radialista e ex-vereador de São Luís, Albino Soeiro, com quem tem dois filhos, Ilana e João Otávio. Ela resolveu entrar na vida pública para dar continuidade ao legado do marido no legislativo ludovicense depois de quatro mandatos. Mulher, mãe de família e defensora de direitos da sociedade, Bárbara foi eleita pela primeira vez em 2012 e reeleita em 2016. Suas principais bandeiras de atuação é a garantia dos direitos da mulher e agora buscar ser a voz da sociedade maranhense na Assembleia Legislativa.

    ESTEVÃO ARAGÃO (PSDB)

    Estevão Assunção Aragão, nasceu em São Luís, no dia 3 de fevereiro de 1978. Advogado, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em 2002. É pai de três filhos. Antes de ingressar na política, Estevão Aragão já era servidor público de carreira, atuando como oficial de Justiça do TJ-MA.

    Em 2012, foi eleito vereador de São Luís, com 5.123 votos pelo Partido Popular Socialista (PPS). No início de 2014, filiou-se ao Solidariedade (SD), assumindo a presidência do Diretório Municipal de São Luís.

    Em 2016, assumiu a vice-presidência do Diretório Municipal Partido Socialista Brasileiro (PSB) na capital, legenda por onde disputou sua reeleição e no mesmo ano, foi reeleito vereador de São Luís, com 4.942 votos. Desde o início deste segundo mandato, exerce a função de 5º secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal.

    Em abril de 2018, deixou o PSB e se filiou ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), como membro da executiva estadual.  Apontado com um dos principais nomes da atual legislatura na Câmara, Estevão Aragão é um parlamentar forte e atuante, que faz oposição ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior com responsabilidade, baseado em fatos e documentos. Agora, disputará uma vaga na Assembleia Legislativa do Maranhão pelo seu atual partido, o PSDB.

    GENIVAL ALVES (PRTB)

    Genival Alves da Silva, filho mais novo de cinco irmãos, nasceu no dia 15 de novembro de 1968, em Fortaleza (CE). Ainda muito pequeno mudou-se com os pais para a cidade maranhense de São Benedito do Rio Preto, ficando órfão com menos de 3 anos de idade e, sob os cuidados de sua avó Alice, portadora de necessidades visuais, que enxergou aquela criança com os olhos do coração.

    No início da década de 80 foi morar no município de Humberto de Campos (cidade natal de seus familiares) e enfrentou desde cedo as dificuldades de uma vida sem recursos. Em seguida foi trazido para São Luís, criado no bairro Vila Esperança por sua avó e sua tia Flor, permanecendo com elas até os 17 anos. Ao contrário de muitas outras histórias que você já deve ter ouvido, Genival Alves ousou ser mais, batalhou e não se acovardou, estudou, formou-se em Administração e Direito, especializou-se em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal do Maranhão.

    Casado há quase 20 anos com a funcionária Pública Rosiane Vale, apoiadora fiel de sua luta. Pai de 4 filhos: Max Atilla, Michael, Alice e Maria Clara, aos quais orienta nos princípios da humildade, respeito, carinho e responsabilidade.  Homem de fé participa ativamente da Paróquia São Francisco e Santa Clara (localizada no Turu, bairro em que reside), Genival é um exímio defensor da família.

    Com o anseio de quem tem sede de mudança, ele decidiu concorrer pelo seu partido (PRTB) ao mandato de vereador da cidade de São Luís e em 2016 foi abraçado pelo povo que o elegeu para a Câmara Municipal. Desde então, a vontade de honrar a função que exerce aliada ao seu caráter e perseverança, o fizeram ainda mais incansável.

    Desde o início do seu mandato, o vereador Genival Alves mostrou que veio para lutar pela sociedade nas questões que afligem a população como saúde, infraestrutura, transporte, educação, esporte/lazer e cultura. Prova de sua atuação diferenciada, arregaçou as mangas e colocou em prática uma de suas maiores bandeiras: Projeto Saúde na Comunidade.

    Compromisso firmado ainda em seu período de campanha, ganhou forma e com apenas 17 meses de mandato, já esteve em diversas comunidades atendendo mais de 12 mil famílias, realizando 31 mil procedimentos, oferecendo serviços de consulta médica, odontológica, coleta de preventivos, entrega de medicamentos e outros atendimentos, além de ações socioeducativas.

    GUTEMBERG ARAÚJO (PRTB)      

    Gutemberg Fernandes Araújo, nasceu em São Luís e cresceu nas imediações do bairro do Monte Castelo. Formou-se médico e tornou-se Cirurgião, Professor e também escritor. É casado com a também médica Kika Araújo e tem um filho, chamado Guilherme. Em seu quarto mandato na Câmara Municipal de São Luís, Gutemberg Araújo se destaca pela longa folha de serviços prestados na capital.

    Gutemberg Araújo também é focado em ações sociais, e em especial voltado para mulheres e crianças. Atualmente está à frente de vários programas sociais como o “Cuidando de Você”, “Saúde na Comunidade” e um programa de rádio “Conexão Saúde com Dr. Gutemberg”, que estava sendo veiculado na Difusora AM 680, sempre aos sábados, de 10 as 11h, onde eram divulgadas informações, dicas de saúde e prevenção sobre os mais diversos temas para todo o Maranhão.

    Dr. Gutemberg é pioneiro na implantação de cirurgia bariátrica no Maranhão e possui diversos trabalhos nacionais e internacionais publicados sobre o assunto. Ele foi secretário Municipal de Saúde na gestão do ex-prefeito João Castelo (PSDB).

    HONORATO FERNANDES (PT)          

    No exercício do segundo mandato de vereador de São Luís, Honorato Fernandes, de 44 anos, é analista de sistemas e especialista em gerenciamento de projetos, com formação pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Ele é o primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara da capital.

    Casado com a pedagoga Érika Maria Machado Fernandes, pai do economista Marcio e da pequena Rafaela, o pré-candidato é filho da saudosa professora Ieda Batista, lendária ativista de movimentos populares e uma das fundadoras do PT no Maranhão. Apesar do forte vínculo com o petismo (a mãe dele foi candidata a deputada federal pela sigla), só se filiou oficialmente ao PT em 2011. Em 2012, encarou o primeiro vestibular das urnas, elegendo-se vereador com 3.664 votos.

    Em 2016, experimentou um crescimento de quase 30% no eleitorado, uma vez que foi reeleito com 4.609 votos.  No Processo de Eleições Diretas (PED) que o levou à presidência do PT Municipal, conquistou 52% do eleitorado e ainda se mobilizou pela eleição de Augusto Lobato, eleito presidente estadual da agremiação partidária.

    MARCIAL LIMA (PRTB)

    Marcial Lima de Arruda, nasceu no dia 7 de maio de 1966 na cidade de Grajaú (MA). Ele é casado com a assistente social, Maria do Socorro Barbosa de Arruda, com quem tem uma filha, a arquiteta Mariana Barbosa de Arruda.

    Estudou nas escolas Antoniano e Urbanos Santos, ambas em Grajaú, no Centro-Sul do Estado. Em São Luís, estudou no Colégio Meng e depois formou-se em Comunicação Social com Habilitação em Rádio, TV e Jornalismo na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Na Faculdade, foi presidente em duas gestões do Centro Acadêmico Wladimir Herzog, membro do DCE (Diretório Central dos Estudantes) e membro de vários conselhos da UEBB.

    Marcial Lima é um profissional bastante conhecido no meio jornalístico. Ele foi presidente duas vezes da Associação Campinense de Imprensa (ACI) e integrante do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba. Em Campina Grande, no Agreste Paraibano, trabalhou como repórter e apresentador das Rádios e TV Borborema, Panorâmica FM, CBN e Rádio Cidade AM de Esperança na Paraíba.

    Na cidade de Grajaú, trabalhou como apresentador na Cidade FM (91.1) e foi correspondente do Jornal O Imparcial, um dos diários mais antigos do Maranhão. Na Capital Maranhense, trabalhou 13 anos como repórter da TV Mirante, afiliada da Rede Globo, atualmente é apresentador do Programa Acorda, Maranhão, da Rádio Mirante AM e exerce a função de vereador, eleito com 5.007 votos.

    PAVÃO FILHO (PDT)            

    João Pavão Filho, mais conhecido como Pavão Filho, é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão. Além de advogado, também é professor do Município de São Luís (licenciado para o exercício do mandato popular). Concluiu, em junho de 2009, o Curso de Pós-Graduação em Direito Eleitoral, com habilitação para o magistério superior.

    Com o slogan “Pavão é Povão”, ele disputou sua primeira eleição para vereador da capital maranhense em 1988, sendo eleito pela primeira vez com aproximadamente 1.000 votos. Em 1992, foi reeleito com aproximadamente 2.000 votos e, em 1996, elegeu-se pela terceira vez para a Câmara de São Luís, com aproximadamente 5.000 votos. Como vereador, foi Relator Geral da Constituinte Municipal de 1990, que elaborou a nova Lei Orgânica de São Luís.

    Pavão Filho foi eleito pela primeira vez Deputado Estadual em 1998, com aproximadamente 10 mil votos. Em 2002, foi reeleito com aproximadamente 20 mil votos e renovou o mandato em 2006, com mais de 33 mil votos. Exerceu o cargo de Secretário Municipal do Orçamento Participativo do Município de São Luís, no período de fevereiro de 2011 a março de 2012. No mesmo ano, foi eleito pela quarta vez Vereador de São Luís, com 4.842 votos. Em 2016, foi eleito pela quinta vez vereador de São Luís, com 8.511 votos, sendo o quarto mais votado da Capital.

    PEDRO LUCAS (PTB)                

    Filho do deputado federal Pedro Fernandes, presidente do PTB no Maranhão, Pedro Lucas, tem 36 anos, é administrador e está no exercício do segundo mandato de vereador de São Luís. Foi presidente da Agência Metropolitana de São Luís (Agem), função que ocupou até o mês de abril deste ano.

    Em 2012, encarou o primeiro vestibular das urnas, elegendo-se vereador com 4.089 votos. Em 2016, experimentou um crescimento de quase 100% no eleitorado, uma vez que foi reeleito com 9.049 votos. Atualmente ele também é presidente municipal da agremiação partidária na capital.

    RICARDO DINIZ (PRTB)

    Ricardo Diniz é graduado em Administração de Empresas pelo UNICEUMA em São Luís. É pós-graduado em Planejamento Estratégico e Administração Pública pela Faculdade São Luís.

    Foi professor do curso de Administração de Empresas da Faculdade São Luís. Em 2012 foi eleito pela primeira vez vereador por São Luís com 2.987 votos pelo Partido Humanista da Solidariedade-PHS.

    Em seu primeiro mandato, “Meu Querido”, como é mais conhecido, protocolou várias Proposições Legislativas voltadas para a saúde, educação e geração de emprego e renda. Se revelou um parlamentar atuante, apresentando e votando leis, além de ser um fiscal da atuação do Poder Executivo.  Nesse período, presidiu a Comissão de Educação da Câmara Municipal de São Luís e a Comissão de Indústria e Comércio. Nas Eleições de 2016, o vereador Ricardo Diniz foi reeleito para o segundo mandato com 4.205 votos de confiança no seu trabalho. Ele é o 3º vice-presidente da Câmara de São Luís.

    Em seus dois mandatos de vereador, Ricardo Diniz teve vários projetos aprovados. Ele também realiza projetos sociais nas comunidades como o ‘Craques do Futuro’ que consiste na realização de palestras educativas, atendimentos médicos e odontológicos, escolinhas de futebol de campo, natação e reforço escolar, além de várias práticas esportivas, o  “Movimente-se” que nasceu na Cidade Operária e é composto por moradores que se reúnem às segundas, quarta e sextas-feiras, a partir das 18h, para praticarem atividades físicas no Viva do bairro, como por exemplo o aulão aeróbico ao som do ritmo Zumba,  com acompanhamento de profissionais da área de educação física. O projeto deu tão certo que se estendeu para outros bairros, como Vila Nova, Alto da Esperança e São Raimundo e o objetivo é levar qualidade de vida e resgatar a autoestima dos moradores.

    Ricardo criou os projetos Plantando Vidas para despertar a consciência ecológica da população e o Meu Querido Olhar, para melhorar a saúde ocular de jovens estudantes de escolas comunitárias e municipais.

    SÁ MARQUES (PHS)

    José Raimundo de Sá Marques, mais conhecido como Professor Sá Marques, nasceu em São Luís e cresceu no Bairro do João Paulo. É filho da folclorista Lili Sá Marques e de Luís Marques, motorista da Assembleia Legislativa. Estudou o primário na Escola Duque de Caxias, o antigo ginásio, na escola Luís Viana e o segundo grau, na Escola Técnica do Maranhão, onde, assim como a sua família, participou de várias atividades artísticas desde a infância (Boi de Morros, como entre os primeiros brincantes, dança, música e etc.)

    Sá Marques trabalhou na ALUMAR (Alumínio do Maranhão) e na Companhia Vale do Rio Doce em Carajás. É graduado em Direito com especialização em Ciências criminais, matéria processual civil e em História, exercendo até hoje a profissão de Professor de História há quase trinta anos e de Direito há mais de uma década, procurando sempre dedicar todo o seu cabedal de conhecimentos e de vontade inabalável a pregar o sucesso de todos.

    Foi diretor de Sindicato das Instituições privadas de Ensino do Maranhão e também integra a briosa Polícia Civil do Maranhão há quase três décadas, na qual sempre procurou estar ao lado da ética no trato do público e da urbanidade, além da certeza de estar ao lado da Lei.

    Sá Marques foi eleito vereador de São Luís, em 2016, com 4.685 votos conscientes. Nesses dois anos de legislatura já teve vários projetos aprovados dentre os quais, dois merecem destaques: o projeto “Gratuidade temporária do passe em transporte público” para que mulheres vítimas de violência possam buscar apoio psicossocial e o Projeto que incentiva a criação de uma semana Municipal de doação de medula óssea. Ele também conseguiu aprovar vários Requerimentos e Indicações para bairros diversos da Capital.

    SILVINO ABREU (PRTB)

    A trajetória política de Silvino Abreu (PRTB) é interessante. Ele nasceu no dia 08 de fevereiro de 1955, na cidade maranhense de Palmeirândia (MA). Empresário e contabilista, Silvino exerceu três mandatos consecutivos, perdeu duas eleições e retornou no pleito de 2016 para cumprir o quarto mandato. É uma pessoa extremamente simpática, que chega à Câmara diariamente conversando com seguranças da Casa e quem mais encontrar pela frente.

    Vive sempre de bom humor e é visto frequentemente, após as sessões, cercado de colegas e de funcionário da Câmara, no pátio, contando e ouvindo conselhos. É daqueles que perde o amigo, mas não perde a piada, mas se notabiliza pela assiduidade nos trabalhos.

    Silvino costuma dizer que os problemas do Brasil se resumem à corrupção e assegura que o Parlamento, mesmo sendo um órgão com prerrogativas para legislar e fiscalizar, acaba se transformando num instrumento de ação social, por conta das demandas apresentadas por uma população carente.

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    “A questão está sendo avaliada”, diz PRE/MA sobre uso eleitoral dos Leões

    Atual7

    Governador do Maranhão, Flávio Dino usou a estrutura do prédio-sede do Poder Executivo estadual para reunião política fora da agenda institucional

    A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Maranhão afirmou ao ATUAL7 que está analisado o uso da estrutura do Palácio dos Leões, prédio-sede do Poder Executivo estadual, pelo governador Flávio Dino (PCdoB), em reunião política fora da agenda institucional, nessa segunda-feira 25. Segundo diversos sites e blogs locais, a reunião teve por objetivo confirmar o fechamento de apoio do prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB), além de 14 vereadores do município e diversos secretários da gestão Gentil, à reeleição do comunista.

    “A questão está sendo avaliada, já que a PRE só tomou conhecimento desse fato agora”, garantiu o órgão, por meio de sua assessoria.

    Conforme publicado mais cedo pelo ATUAL7, pela legislação, o Palácio dos Leões, e toda a sua estrutura, só deve atender ao interesse público, reuniões e recepções de cunho institucional e não para o deleite privado, muito menos que beneficie eleitoralmente o mandatário dos cofres públicos do Estado. Como o encontro foi realizado fora da agenda institucional do governo, o evento pode ser caracterizado como crime eleitoral, além de ato de improbidade administrativa.

    Na agenda institucional do chefe do Executivo, divulgada pelo Governo do Maranhão, para ontem, estava marcado apenas três encontros: solenidade de ampliação do Programa Mutirão Rua Digna na Grande Ilha, às 9 horas; reunião com o secretário estadual do Trabalho e Economia Solidária, Hernando Macedo, às 11 horas; e reunião do Conselho de Gestão Estratégica das Políticas Públicas do Governo (Congep) — espécie de Conselhão, onde os integrantes recebem uma verba extra para participarem dos encontros —, às 14 horas.

    Mesmo havendo no Palácio dos Leões uma ala residencial, esta é, também, custeada com o dinheiro do contribuinte.

    Além da PRE/MA, o próprio Governo do Maranhão e a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) também foram procurados a se manifestar sobre o assunto. Até o momento, porém, ainda não houve retorno desses dois últimos.

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    Comunismo em queda no Maranhão

    Por Adriano Sarney

    Os comunistas perderam as eleições municipais. Primeiro, porque, mesmo utilizando-se da força da máquina pública, foram derrotados em cidades importantes do interior e, na capital, não conseguiram levar em primeiro turno. Segundo, disputaram em 103 prefeituras e não tiveram êxito na grande maioria delas. Terceiro, fazem a política de sempre, conquistaram as pequenas cidades com os mesmos grupos, compostos por famílias históricas que se revezam no poder.

    img_3629Nas eleições deste ano, o governo foi desaprovado nos maiores colégios eleitorais do Maranhão. Em Imperatriz, onde Flavio Dino obteve a maioria dos votos em 2014, o povo revoltou-se com a arbitrariedade dos Leões que acabou levando um major da polícia à prisão. Resultado, deu o PMDB do competente Delegado Assis. Caxias elegeu Fábio Gentil contra três poderes: Governo do Estado, Assembleia Legislativa e Prefeitura. Porto Franco preferiu o Dr. Nelson ao invés de um grupo ligado ao governo. Em Barreirinhas, Alberico Filho, sobrinho de José Sarney, ganhou. Em Bacabal, a opção foi Roberto Costa, afilhado de João Alberto. Em Lago da Pedra, mesmo o governo tendo enviado ao seu aliado mais de R$ 2 milhões em convênio duvidoso, triunfou o grupo de Maura Jorge, símbolo da oposição naquela região do Estado. Em Grajaú o povo escolheu Mercial Arruda contra uma protegida do governador. E assim como esses municípios, poderia listar outros.

    Das 103 prefeituras almejadas por neocomunistas, apenas 46 foram conquistadas, menos da metade. Dos prefeitos comunistas, 40 são homens e apenas 6 são mulheres. Contudo, levando-se em conta esses números (e números não mentem), o discurso governista torna-se frágil, pois, historicamente, no Maranhão, os partidos que chegam ao poder conseguem eleger em média 50 prefeitos, chamo esse fenômeno de Partido dos Leões. Em 2008, o PDT, do então governador Jackson Lago, era o Partido dos Leões e elegeu 66 prefeitos. Em 2012, período da então governadora Roseana Sarney, o PMDB elegeu 48 prefeitos. O PCdoB, no mesmo período, lançou candidaturas em 25 municípios e conseguiu eleger apenas cinco prefeitos.

    O Palácio começou a atuar em favor do PCdoB e de outros partidos próximos ao comunismo ainda na pré-campanha. A ordem era forçar prefeitos eleitos de partidos de oposição como o PMDB e o PV a trocarem de legenda e engordar os partidos da base. O prefeito era chamado por pessoas influentes do governo. O mensageiro prometia recompensas em forma de convênios e influencias no Palácio caso o gestor mudasse de legenda. Esse método de cooptação deixava os gestores coagidos e muitos, infelizmente, foram praticamente obrigados a mudar de partido. Com efeito, dos 20 prefeitos que o PV tinha no começo de 2015, os Leões conseguiram levar 12. Contudo, o PV conseguiu eleger neste ano 7 prefeitos, sendo a maioria mulheres, 4, com a força do voto consciente. O mesmo aconteceu com o PMDB que teve parte de seu quadro cooptado para partidos da base comunista mas, mesmo assim, fez 22 prefeitos este ano. Quando o PCdoB estava fora do Palácio, conseguiu eleger apenas 5 prefeitos.

    O governo também diz que seus aliados ganharam em outras 100 prefeituras. A conta não fecha. Não podem levar em consideração todas as eleições ganhas por partidos independentes ou que tenham disputas internas. Considero o PP (que conquistou 15 prefeituras) e o PSB (13), por exemplo, partidos rachados. Quem comanda o PP é o Deputado Federal André Fufuca que é independente, apesar do Deputado Waldir Maranhão, aliado do Flavio Dino, estar no partido, embora de saída. Luciano Leitoa comanda o PSB, no entanto, o Senador Roberto Rocha parece independente das amarras do governo estadual. O PRB (que fez 14) do Deputado Federal Kleber Verde é aparentemente um partido independente, apoiou e deu legenda ao Fabio Gentil de Caxias.

    Bastou um ciclo eleitoral para comprovar a queda do comunismo no Maranhão. Fica a clara mensagem do povo contra o estilo perseguidor de governar, aliado a falsas propagandas e a desculpas esfarrapadas. Tudo que vai mal é culpa da “oligarquia.” O Maranhão não quer competir com a China em números de prefeituras como o governador tenta passar para a imprensa nacional. As prefeituras do PCdoB são do Partido dos Leões, seus prefeitos não conhecem, não são e nunca foram de esquerda. As mudanças que foram tão bem “vendidas” nas propagandas eleitorais em 2014 se tornaram ilusões recheadas de desculpas. O resto é retórica.

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    A visão de quem tem mais de 30 anos na estrada

    Disse no blog que Roseana Sarney poderia ganhar a eleição de 2010 no primeiro turno, contrariando a opinião de diversos analistas políticos experientes.

    Poucos concordaram com minha análise, a exemplo do saudoso jornalista Marco Nogueira. Leiam abaixo o que pensava Nogueira:

    sábado, 24 de julho de 2010

    A eleição para governador do Maranhão irá para o segundo turno

    O jornalista Luís Cardoso publicou ontem em seu blog uma matéria de opinião sobre a atual conjuntura eleitoral do Maranhão.Intitulada de “Roseana pode vencer no 1.° turno”, a matéria citou vários aspectos positivos da campanha de Roseana e negativos das campanhas de Jackson Lago e de Flávio Dino.Ninguém pode discordar da importância de Roseana estar ocupando o governo estadual e ter uma estrutura administrativa de porte, como é a máquina do estado, apoiando sua candidatura.

    O exemplo de 2006 foi pedagógico. A presença de Zé Reinaldo nos Leões até o final do mandato foi determinante para que o candidato que ele apoiava, Edson Vidigal, do PSB, obtivesse quase 15% dos votos no 1.° turno. A votação de Vidigal (14,26%) e de Aderson Lago (3,95%), pelo PSDB, somados aos 34, 36% de Jackson garantiram a realização do 2.°turno.

    Roseana teve 47,215% dos votos no primeiro turno e 48, 18% no segundo turno, perdendo para Jackson que obteve 51,82%.

    Passados quatro anos podemos analisar dois períodos bem distintos.

    Tivemos Jackson no poder por dois anos e três meses realizando muitas obras importantes, equilibrando de vez as finanças estaduais e descentralizando recursos através do fortalecimento de prefeitos e municípios.

    Depois já se passaram 15 meses do velho “novo governo” de Roseana com centralização administrativa exarcebada, desequilíbrio financeiro com a tomada de quase R$ 1 bilhão de empréstimos, do confisco de recursos de convênios nas contas correntes de municípios e desmonte do sistema de saúde pública do estado.

    Soma-se a isso o desgaste do nome Roseana e, sobretudo, do sobrenome Sarney devido à exposição negativa na mídia nacional (crise no Senado, processo contra Fernando Sarney e superpoderes dados a Ricardo Murad).

    Concordo com Cardoso quando ele afirma que as duas candidaturas de oposição carecem de recursos financeiros para tocarem suas campanhas.

    No caso de Jackson sua candidatura sub judice dificulta em muito a arrecadação de recursos financeiro de possíveis doadores.

    No caso de Flávio o fato do PT não estar oficialmente apoiando sua candidatura dificulta a captação de recursos financeiros e o fato de Flávio Dino ainda ser desconhecido da maioria dos eleitores maranhenses também dificulta sua campanha.

    O grupo Sarney tem interesse de que o julgamento do pedido de impugnação de Jackson seja o mais demorado possível para afastar possíveis doadores e dificultar o deslanchamento da campanha eleitoral do PDT.

    Só que com o pedido de impugnação da candidatura de Roseana apresentado pelo ex-chefe da Casa Civil de Jackson, Aderson Lago, que incorporou uma parecer da procuradora regional eleitoral Carolina da Hora que afirma que a conduta de Roseana em seu governo tipifica propaganda antecipada, a situação da Jackson pode mudar.

    Ou a Justiça Eleitoral no Maranhão e em Brasília julga com rigor os processos de Jackson e de Roseana ou julga os dois casos de forma mais branda. Dois pesos e duas medidas no julgamento dos dois casos seriam inadmissíveis e a mídia nacional faria um verdadeiro carnaval na cobertura dos dois casos.

    Essa história de Roseana ter o apoio de mais de mil vereadores e 179 dos 217 prefeitos é muito relativa. Já soube de muitos prefeitos que ficarão de braços cruzados.

    Muitos são agradecidos a Jackson pelo apoio que receberam em 2008 para ganhar as eleições municipais, derrotando candidatos da base aliada de Roseana e fingem estar apoiando Roseana agora, mas estão doidos para retribuírem o apoio recebido em 2008, dando votos agora para Jackson.

    Isto tudo sem contar o imenso desgaste popular de muitos prefeitos que dizem apoiar Roseana, mas seria até melhor para ela se pedissem votos para Jackson ou Flávio.

    O jornal O Estado do Maranhão deste domingo poderá vir com a pesquisa Escutec onde Roseana apareça com índices de 53% a 58%, mas na realidade Jackson não tem menos de 27% e Flávio Dino se aproxima rapidamente dos 20%.

    Em 1990 Conceição Andrade, do PSB, com o apoio do então prefeito da capital, Jackson Lago, do PDT, e coligada com o PT, era uma candidata quase totalmente desconhecida do povo maranhense e obteve 17,2% dos votos no primeiro turno.

    Em 1994 Roseana obteve 42,9% dos votos no 1.° turno, contra 28,4% de Cafeteira e 18,4% de Jackson.

    Em 2002, Zé Reinaldo, do PFL, ganhou a eleição no 1.° turno com 51,06% dos votos, contra 42,25% de Jackson, 6,025 de Raimundo Monteiro, do PT e 0,4% do PSTU.

    Levando em conta o resultado eleitoral do 1.° turno de 2006, acho muito difícil que Roseana vença a eleição agora no 1.° turno. Boa parte do eleitorado maranhense está cansada da continuidade sarneysista no poder e muitos consideram que Jackson foi injustiçado pelos quatro ministros do TSE que cassaram seu mandato em abril de 2009.

    Soma-se a estes dois sentimentos populares, o fato de Flávio Dino estar fazendo uma campanha de mudança do Maranhão com uma forte mensagem de renovação para todo o Maranhão.

    Essa mensagem tem grande apelo popular e atinge mais a candidatura de Roseana do que a de Jackson, pelo fato do sarneysismo estar no poder desde 1966 no Maranhão, com um breve intervalo de Maio de 2004, quando Zé Reinaldo e Alexandra Tavares romperam com o grupo do senador amapaense, até Abril de 2009 quando Jackson foi cassado.

    A programação de Jackson e de Dino na semana passada no interior do Estado foi consagradora para os dois. Jackson visitou 18 municípios em cinco dias e foi muito bem recebido tanto na região tocantina, sobretudo em Imperatriz (2.° maior colégio eleitoral do Estado), como no Sul do Maranhão, na região de Balsas.

    Flávio e Zé Reinaldo participaram de uma das maiores carreatas da história política do Maranhão. Foi em Caxias e juntou dois mil carros e quatrocentas motos e centenas e centenas de bicicletas. Zé Reinaldo esteve em Timon com Flávio Dino e recebeu a apoio do grupo político do ex-prefeito Chico Leitoa na cidade. Chico está fortalecendo a unidade oposicionista no Maranhão ao apoiar a dobradinha Jackson e Zé Reinaldo.

    Muita água vai correr embaixo da ponte até Outubro deste ano, mas algo me diz que esta eleição também vai para o segundo turno como aconteceu em 1990, 1994 e 2006.

    Quem viver verá!

    Postado por às
    Obs: Roseana venceu no primeiro turno, confirmando que minhas análises estavam corretas. Aposto todas as fichas com a eleição agora de 2014 para governador no Maranhão será decidida no segundo turno. E equilibrada.

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